Que os tinha encontrado no chão. Poema sem data, autoria, título ou o que quer que fosse, para além daqueles sete curtos versos:
PENSA
QUE A REVOLUÇÃO
PROVOCA
O POVO
QUE A LIBERDADE
CHOCA
Memorizei-o até hoje.
Vinte e sete anos depois, dois ou três após ter queimado o caderno para onde me lembro de os ter copiado, continuo sem saber do poeta, nunca mais vi a minha amiga de cabelos pretos escorridos e desconheço o paradeiro do poema amarrotado.
Não sinto grande vontade em procurar qualquer deles, mas diverte-me imaginar que o poeta era a miúda magrinha, afinal.
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