Desta forma, todos os meses será atribuído a pessoa incerta, coisa anormal, sacanagem esperta ou fenómeno bestial, um bastante simbólico mas muito asqueroso e valente escarro; com as referências aos muitos males que o obrigam ao pigarrear goelífero e espectorante, e com as alusões aos curriqueiros dizeres tornados frases feitas e quase eternizados sobre a forma de ditados populares (embora desprovidos de qualquer sabedoria), espera o criador suportar a fundamentalidade teórica da sua dita cuspidela nojenta.
Depois de, sem segundas intenções, ser oferecido o jocoso prémio, esperam-se apenas os merecidos agradecimentos da parte do humedecido laureado: é que um escarro nos olhos pode muito bem vir a fazer ver!
(1) A coluna mensal "Do Escarro, Do Mal & Um Ou Outro Dizer (das cantigas do hoje em dia)" subsistiu entre os meses de setembro de 2000 e junho de 2002 numa esconsa parede do Instituto Jean Piaget, em Almada. Das catorze crónicas escritas, apenas uma foi publicada em papel (no Jornal A Voz do Olhar). Contudo, estiveram todas pregadas no PÉGASO, um fantástico jornal de parede do qual nunca se fez sondagem, estudo ou inquérito algum para saber se era muito, pouco ou nada lido. Que se fodessem os números!
Pedro deCampos ( 16.09.2000 ) in, "PÉGASO - Jornal de Parede"
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